domingo, 24 de fevereiro de 2013

Projeto aprovado prevê salva-vidas em Piscinas de Porto Alegre


Câmara Municipal de Porto Alegre

07/01/2013
Foto: Elson Sempé Pedroso
Câmara Municipal (d) tem sua sede na Loureiro da Silva 255
Foto: Mariana Fontoura
Paulinho Rubem Berta
Balanço 2012

Projeto aprovado prevê salva-vidas em piscinas

       O Plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou em 2012 mais de 300 projetos de lei de autoria de vereadores e do Executivo. Entre as propostas aprovadas está a iniciativa abaixo, de Paulinho Rubem Berta (PPS), que deixou a Câmara em dezembro de 2012.

O projeto

Os vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre aprovaram durante sessão extraordinária na manhã desta quarta-feira (12/12) projeto de autoria do vereador Paulinho Rubem Berta (PPS) que obriga os estabelecimentos que possuam piscinas ou opções aquáticas de lazer a disporem de salva-vidas no período integral de utilização, bem como na realização de eventos em que haja circulação de pessoas em torno delas. A proposta prevê um salva-vidas em caso de áreas utilizadas por até 250 pessoas, dois salva-vidas para até mil pessoas e três salva-vidas para mais de mil pessoas.

O autor se baseia em dados dados da Sociedade Brasileira de Salvamento (Sobrasa), revelando que morrem no mundo 500 mil pessoas afogadas por ano. Destaca ainda que, no Brasil, são 8 mil vítimas, sendo 65% de crianças. Observa que o afogamento é a segunda causa de morte entre 5 e 14 anos de idade e a terceira nas faixas de 1 a 4 anos e de 10 a 19 anos. Acrescenta que o Rio Grande do Sul está entre os cinco estados com os maiores números absolutos de óbitos.

Texto: Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)
Edição e pesquisa: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
 
PROC. Nº 1211/11
PLL Nº 034/11
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
Conforme dados atuais da Sociedade Brasileira de Salvamento – Sobrasa –,
morrem no mundo quinhentas mil pessoas afogadas por ano. Só no Brasil, são oito mil vítimas, e
65% dessas são crianças. O afogamento é a segunda causa de morte entre 5 e 14 anos de idade e
a terceira, nas faixas de 1 a 4 anos e, também, na de 10 a 19 anos.
O Rio Grande do Sul está entre os cinco Estados com os maiores números
absolutos de óbitos. Outro dado que também chama a atenção, em uma pesquisa de avaliação de
mortalidade no Brasil – Epidemiologia em Afogamento –, que utilizou dados do Sistema de
Informação em Mortalidade – SIM –, tabulados no Tabwin – Ministério da Saúde – DATASUS
– 2010, é que, dentre os cinco estados com maior risco de afogamento com morte, quatro não são
banhados pelo mar, o que nos leva a concluir que esses acidentes ocorrem em rios, lagos,
piscinas ou áreas com opções aquáticas de lazer.
Nessas áreas de lazer aquáticas com grande fluxo de pessoas, outro problema
encontrado é que, geralmente, apenas monitores contratados fazem os salvamentos no caso de
afogamento. Esses monitores, muitas vezes, não têm nenhuma qualificação para efetuar esse tipo
de operação, ou, quando a tem, essa é insuficiente ou não específica para a função de
salvamento.
Ademais, o número de guarda-vidas, proporcionalmente ao número de banhistas
nesses locais, muitas vezes, é também insuficiente para a cobertura de toda a área de banho,
principalmente nos meses da temporada de verão. Dessa forma, infelizmente, é comum, nos
meses dessa temporada, cada vez mais se ver notícias de mortes por afogamento.
Por esse motivo, apresento este Projeto, visando a regulamentar essa atividade de
salvamento e segurança nessas áreas, esperando alcançar o objetivo principal, que é zelar pela
vida humana. E, conhecendo a sensibilidade desta Casa, conto com o apoio dos nobres pares.
Sala das Sessões, 28 de março de 2011.
VEREADOR PAULINHO RUBEM BERTA
 
 
PROC. Nº 1211/11
PLL Nº 034/11
PROJETO DE LEI
Obriga os estabelecimentos que possuam piscinas
ou opções aquáticas de lazer a disporem de salva-
-vidas.
Art. 1º
Ficam os estabelecimentos que possuam piscinas ou opções aquáticas de lazer obrigados a dispor de salva-vidas durante o período integral de utilização dessas áreas, bem como durante a realização de eventos em que haja circulação de pessoas no entorno dessas.
Parágrafo único.
 
Para os fins desta Lei, considera-se salva-vidas a pessoa legalmente habilitada para o exercício dessa ocupação, prevista sob o código nº 5171-15 da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho.


Art. 2º
Para fins do cumprimento do disposto no caput do art. 1º desta Lei, os estabelecimentos disponibilizarão de:
I – 1 (um) salva-vidas, em caso de área utilizada por até 250 (duzentas e cinquenta) pessoas;
II – 2 (dois) salva-vidas, em caso de área utilizada por mais de 250 (duzentas e cinquenta) e até 1.000 (mil) pessoas; e
III – 3 (três) salva-vidas, em caso de área utilizada por mais de 1.000 (mil) pessoas.


Art. 3º
 
A não observância do disposto nesta Lei sujeitará o estabelecimento infrator às seguintes penalidades:
I – advertência, a fim de se adequar a esta Lei no prazo de 48 (quarenta e oito) horas;
II – multa de 1.000 (mil) Unidades Financeiras Municipais (UFMs);
III – interdição das dependências onde se encontram as piscinas ou as opções aquáticas de lazer; e
IV – cassação do alvará de funcionamento.


Parágrafo único.


Na aplicação das penalidades descritas nos incisos do caput deste artigo, considerar-se-á o inc. I para a primeira autuação, e os demais, sucessivamente, por reincidência.
 

Art. 4º


Esta Lei entra em vigor em 30 (trinta) dias, contados da data de sua publicação.


/CRK


Fonte:http://www2.camarapoa.rs.gov.br/default.php?reg=18379&p_secao=56&di=2013-01-07

Lei Obriga presença de Profissionais Salva vidas


LEI Nº 13.462, DE 27 DE ABRIL DE 2004


DOE nº 081, de 03 de maio de 2004

Dispõe sobre a presença obrigatória de profissionais de salvamento aquático nas

áreas de lazer públicas e privadas do Estado do Ceará, e dá outras providências.


O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ,

Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art.1º - É obrigatória a presença de guarda-vidas nas áreas de lazer públicas e privadas

do Estado do Ceará que facultem aos usuários o acesso a piscinas, cachoeiras, saltos,

lagoas, açudes, cavernas e grutas, abertas à visitação pública, administrada pelo Poder

Público ou por particulares.

Parágrafo Único - A obrigatoriedade de permanência de profissionais de salvamento em

piscinas localizadas em condomínios residenciais será a partir de dimensões superiores

a 6m x 6m e profundidade a partir de 0,80m ou volume total de 28,8m3.

Art.2º - São considerados guarda-vidas os profissionais em salvamento aquático

portadores de certificado do Curso de Treinamento Credenciado, vistoriado e aprovado

pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará.

Parágrafo Único - Os professores e entidades que realizem cursos de salvamento

aquático deverão ser credenciados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do

Ceará, bem como os guarda-vidas.

Art.3º - Nas áreas de lazer públicas, os serviços de salvamento aquático serão oferecidos

pelo órgão público encarregado da administração de cada área.

Art.4º - Nas áreas de lazer privadas, os serviços de salvamento aquático serão

oferecidos por profissionais contratados pelos respectivos proprietários das áreas.

Art.5º - A presença de profissionais de salvamento aquático nas áreas de lazer referidas

nesta Lei, será exigida durante todo o horário de funcionamento aberto aos usuários.

Art.6º - O descumprimento das obrigações previstas nesta Lei implicará:

I. na pena de advertência, após julgada a primeira infração;

II. em multa variável de 2 (dois) a 10 (dez) salários mínimos a partir do julgamento da

segunda infração;

III. interdição temporária do exercício das atividades abertas ao público:

a) por uma semana (sete dias);

b) por um mês (trinta dias).

IV. interdição definitiva da área.

§1º - Fica assegurado ao infrator o contraditório e a ampla defesa após o recebimento do

respectivo auto de infração.

Fonte:http://www.sobrasa.org/leis/LEI%20N%2013462-%20CE%20-%20SALVAMENTO%20AQUTICO.pdf

Reportagem postada a pedido do colega,
Luiz Enéas  luizeneas@hotmail.com

Curso de APH



 

 

 

 

 

 

 

 

 

27º Curso de Atendimento Pré Hospitalar Básico em Trauma e Suporte Básico de Vida

Resgate Anjos do Asfalto “Experiência para Ensinar”

Data: 23 de Março, e 13, 27 de Abril, e 11 vira noite para 12 de Maio 2013.

Local: CFC Cachoeirinha no Shopping do vale e na Base Operacional na virada da noite.

Carga horária: 40h diurna e 10h noturna total 50h (teórica e prática).

Horário: 08:00 às 12:20 (manhã) e 14:00 às 18:20 (tarde).

Corpo docente: Profissionais Médicos, Enfermeiros, Psicóloga, Prof°de Anatomia, TST.(*)

Drº. Levi Lozenzo Melo CRM 17112

Drª. Gabriela Hertz Soares CRM 33931

Drª. Juliane Lavarda Scheinpflug CRM 16130

Drª. Ana Claudia Granville CRM20646

Enfª. R.T. Aline Duarte Daminelli COREN/RS 159540

Enfº. Gilmar Monteiro Silva COREN/RS61832

Enfº. Diego Brasil COREN/RS71811

Enfª. Maira Sanhudo de Oliveira COREN/RS 64812

Enfº. Daniel Labernarde dos Santos COREN/RS 140005

Psicóloga Iara Bravo CRP07/05811

Profº. Elder da Silva Pereira LT980029/DEMEC/RS

TST.Uilson Guilherme TEM/RS006420.3

*Pode haver mudança do corpo docente conforme disponibilidade de tempo dos profissionais, sem aviso prévio para a classe, todos os profissionais que ministram treinamento voluntariamente.

Auxilares do corpo docente: Técnicos de Enfermagem, Técnicos de Segurança, Socorristas do Resgate Anjos do Asfalto.

Valor do investimento: =Inscrição R$50,00(Apostila, Brevê, Bóton, Certificado e Pen Drive com Fotos do Curso)

=Curso:R$ 300,00 a vista, ou 2x de R$165,00, ou 3x R$120,00(no cheque)

OBS: Banco: Bradesco Agencia:1714 Conta:100011 Digito:0 Nome:Associação de Resgate Metropolitano Anjos do Asfalto CNPJ:07.223.090/0001-29

Número de vagas: Vagas Limitadas

Acompanha: Apostila, Brevê, Bóton, Certificado e Pen Drive com fotos do Curso

*Estágio prático em nossos Veículos de Emergência. (2 plantões de 12hs, após a conclusão do curso e comforme agendamento de escala)

*Coffee Break no turno da manha e tarde.(incluído no valor da inscrição)
*Cuidamos os veículos fora do shopping.(incluído no valor da inscrição)
*Pen Drive com as fotos do curso será entregue no final do curso.(incluído no valor da inscrição)

Inscrições e Informações:

51-34211999 Base Operacional

*Quarta – feira das 19hs às 07hs;

*Quinta – Feira das 19hs às 07hs;

*Sexta – Feira das 19hs até às 07hs de Segunda – Feira.

Ou atendimento@resgateanjosdoasfalto.com O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Ou

51-96458093 vivo / 51-94245183 claro / 51-84694217 oi / 51-82684278 tim

Ou

51/96539191 Vice Presidente Rodrigo

51/89023520 Socorrista Juliana

Este curso não exige nenhum pré-requisito e também com estágio prático em nossos veículos de emergência (2 plantões de 12hs)

Fonte:http://www.resgateanjosdoasfalto.com/area-do-socorrista/curso-aph.html

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Cidreira Realiza Competição de Salva-vidas

Cidreira realiza competição de Salva-vidas
Na manhã de quinta-feira (21/2), na plataforma marítima, em Cidreira a Brigada Militar realizou a competição dos Salva-vidas. As equipes de Capão da Canoa, Tramandaí, Cidreira e Torres disputaram as provas que teve como coordenador o major Wagner.

As provas foram com equipes compostas com quatro militares, onde realizaram um percurso de corrida na areia, após um integrante entrava com uma prancha no mar e um trio subia a plataforma marítima. Em cima da plataforma os três pulavam nas águas, onde um era vítima que era levada até a orla em cima da prancha. Para validar a prova os quatro integrantes teriam que chegar juntos.

Em primeiro lugar ficou a equipe de Tramandaí (Escobar, Paim, Carla e Kaian), com o tempo de 12 minutos e 25 segundos. Na segunda colocação chegou Cidreira (Resler, Dafni, Marcelo e Leomar), com o tempo de 12 minutos e 38 segundos. A equipe de Capão de Canoa (Cássia, Andres, Rafael e Antônio) chegou na terceira posição, com o tempo de 14 minutos e 52 segundos. Em quarto lugar chegou Torres (Ulkoski, Alex, Tiago e Ana Maria), com um tempo de 16 minutos e 42 segundos.

O objetivo da competição é testar e aprimorar o condicionamento físico dos Salva-vidas que atuam no Litoral Norte e também fazer a integração dos militares.



domingo, 3 de fevereiro de 2013

Salva vidas feminino + gurias


Guardiãs da praia02/02/2013 | 15h41

Conheça a história de duas salva-vidas que trabalham na temporada de verão

Em Torres, este é o primeiro ano em que uma mulher está a serviço do resgate de vidas no mar


Conheça a história de duas salva-vidas que trabalham na temporada de verão Ricardo Duarte/Agencia RBS
Cassia, estudante do 5º semestre de Direito em Erechim, atua pelo quinto ano na praia de Xangri-láFoto: Ricardo Duarte / Agencia RBS
A 43ª Operação Golfinho conta com 10 mulheres nas guaritas do Litoral Norte. Pode até parecer pouco, se comparado com o contingente de 790 homens, mas elas vêm se animando com a ideia e estão aumentando a sua participação com velocidade.
A primeira foi a soldado Vânia Maria De Nale, 37 anos, na temporada 2001/2002. No ano seguinte, chegou a segunda. E, depois, outras e mais outras. Com De Nale, o incentivo veio de um homem: o marido sargento Paulo Henrique Soares de Quadros, 42 anos. Ele já era salva-vidas há três anos e ambos treinavam juntos. Chamou a atenção de Quadros que ela nadava e corria parelho com ele. Aí, para ficar mais próximo dela no verão também, fez-lhe o desafio. De Nale passou de primeira.
— Com o tempo, as pessoas vão se acostumando. Cansei de ver gente me olhando atravessado. Diziam: "será que ela vai conseguir resgatar, vai ter força?" — lembra a soldado que, durante o ano, serve na Patrulha Ambiental da Brigada Militar (BM) e agora trabalha na guarita ao lado da plataforma em Atlântida.
Em uma profissão onde a técnica manda mais que a força, as mulheres já têm uma resposta na ponta da língua:
— Se não conseguisse, já tinham me mandado embora.
De Nale diz isto porque os testes para salva-vidas são conhecidos como altamente exigentes. Muita gente fica pelo caminho e não consegue atuar nas guaritas. Além disso, não há diferença no treinamento para ambos os sexos.
— Não adianta poupar no teste. Qualquer um de nós, homem ou mulher, têm de entrar no mar e chegar o mais rápido naquela vítima. A família dela está nos olhando, esperando lá fora (do mar) que a gente traga a pessoa com vida — argumenta.
E quem divide a casinha vermelha com elas garante: não há companhia melhor. Além da preparação técnica, elas ainda dispõem de outros atributos: doçura e delicadeza em primeiro lugar.
Ainda tem banhista que se espanta quando as vê no comando dos resgates, fora aqueles que não se aguentam e soltam piadinhas interesseiras. A campeã é: "vou fingir que estou me afogando para você me salvar!". É de última, garantem todas.
As histórias de luta e desafios dessas guardiãs do mar se misturam e se confundem. Quase todas passaram pelos mesmos desafios. Por isso, separamos duas histórias para contar.
VERANEIO X TRABALHO
De olhos esverdeados delineados pela maquiagem permanente, a estudante do 5º semestre de Direito em Erechim Cassia Priscila Pitthan Lírio, 26 anos, esbanja vaidade. Oferece o sorriso largo a todo o instante. É apaixonada por brincos grandes, mas tem uma coleção dos pequenos. Um de cada cor para trabalhar na guarita, de acordo com a sobriedade imposta pela farda. De unha pintada, confessa que não abre mão da manicure semanalmente.
— Não é porque estamos trabalhando na praia que não vamos nos cuidar. Eu tenho a minha vida, saio com as minhas amigas de quartel quando estamos de folga, vamos a barzinhos, tomamos banho de sol. Não é porque eu sou militar que tenho de ser masculina — confessa, mostrando a bolota azul pendurada na orelha.
Este já é o quinto ano que Cassia atua como salva-vidas. Em todos eles desperta o interesse de marmanjos admirados com sua beleza delicada, distribuída em 54 quilos e 1m67cm de altura que preenchem o traje típico: sunkini preto e top por baixo da regata da corporação. Solteira, ela desvencilha-se das cantadas com elegância.
— É claro que tem gente que chega com umas conversas chatas inconvenientes e eu tento ser educada. Não me sinto constrangida. A gente tem de saber levar — conta a soldado.
O colega de guarita, soldado Diogo Neimar Coelho, 28 anos, atesta a declaração:
— Acho bacana o jeito que ela lida com essas situações. Dá uma risadinha, finge que não ouviu.
Apesar de toda a brandura, Cássia não admite melindres para cima dela. Exige ser tratada de igual para igual quando está na sua guarita em Xangri-lá.
Ela é praieira assumida e confessa que muito do desejo de integrar a Operação Golfinho tem a ver com a paixão por estar na praia mais tempo.
 
Ana Maria faz parte da Operação Golfinho em Torres
Foto: Ricardo Duarte

A SERGIPANA QUE É O XODÓ DA GURIZADA EM TORRES

Este foi o primeiro ano em que o polo de Torres, que vai dos Molhes ao balneário de Paraíso, recebeu uma mulher como salva-vidas.
— É uma novidade, o xodó da gurizada. É muito legal conviver com ela, porque ela tem esse jeitinho diferente, os hábitos, os costumes — contou o tenente Julio César Corrêa Luz, comandante dos salva-vidas de Torres.
De prontidão na guarita 18 da Praia Gaúcha, em Torres, é uma dificuldade para a sergipana Ana Maria Belarmino Mizael, 27 anos, engatar em um assunto. Toda humilde. Toda modesta. Toda tímida. Não acha nada de mais na sua história. Os outros ficam de queixo caído.
— Não sou braba, só tímida — diz
Tudo começou assim: com 18 anos, colocou meia dúzia de roupas em uma mochila e se mandou para Rio Grande. Foi estudar Oceanografia na Universidade Federal de Rio Grande (Furg). A mãe mandava dinheiro para que se formasse logo. Mas Ana Maria só queria saber de festa. Em 2009, a mãe cortou-lhe a verba e ordenou:
— Ana Maria, volte já para a casa!
Nem por decreto abandonaria a cidade que estava amando conhecer. Também não queria retornar sem terminar a faculdade. Como sempre gostou de nadar — antes disso, já havia trabalhado de salva-vidas civil temporário no Cassino — encorajou-se e passou para a Brigada Militar e integra a Patrulha Ambiental de Rio Grande. Fez tudo isto muito pelo desejo de se tornar oficialmente salva-vidas.
- Eu nem queria tentar, porque achava que não tinha condições de passar. Ainda mais que não era daqui. Fui encorajada por uns amigos e acabei passando. Nossa, foi uma felicidade sem tamanho — narrou.
Da faculdade, só falta apresentar o trabalho de conclusão, o que deve ser feito neste ano. Nas férias, Ana Maria volta para Aracaju e até que bate a vontade de ficar por casa, mas seus interesses ainda estão em solo gaúcho. Ainda mais que se casou há um ano com um bombeiro de Rio Grande.
Vaidade, mesmo, tem pouca. Salto alto, olho pintado e cabelo domado apenas para a balada.
— Só o que eu faço é passar protetor solar, porque a profissão exige um creme no cabelo já que o vento e a maresia deixam ele destruído — conta a moça de cabelos escuros, crespos e mechados do sol.
ZERO HORA


http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/verao/noticia/2013/02/conheca-a-historia-de-duas-salva-vidas-que-trabalham-na-temporada-de-verao-4032175.html