sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Trabalho de Salva-vidas na EUROPA


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ANO 117 Nº 84 - PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2011

Trabalho pode levar à Europa

Jaqueline Escobar, major Martins e Rogê Müller no treinamento<br /><b>Crédito: </b> PAULO NUNES
Jaqueline Escobar, major Martins e Rogê Müller no treinamento
Crédito: PAULO NUNES
Participar da Operação Golfinho da Brigada Militar pode significar mais do que um serviço temporário para o aspirante ao cargo. É, também uma possibilidade de conseguir um contrato para atuar como salva-vidas na Europa, principalmente em praias de Portugal e Espanha. O diploma fornecido pela BM é reconhecido pela Marinha portuguesa. No entanto, apesar do serviço ser privatizado, a Marinha impõe regras para a contratação e de como o trabalho deve ser desenvolvido. As autoridades espanholas também reconhecem o diploma expedido pela instituição militar do Rio Grande do Sul.


     Para trabalhar como "nadador salvador", como são chamados os salva-vidas em Portugal, o candidato deve apresentar, além do certificado da Operação Golfinho, o da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa). O treinamento rigoroso feito no Estado, aliado à morfologia do mar no Rio Grande do Sul, fez a Marinha lusitana conferir o mesmo status de um curso ministrado no continente europeu.

     Com este "passaporte" na mão, o administrador em Gestão de Negócios, Rogê Müller, 32 anos, não teve dúvidas: se inscreveu para atuar em Portugal. Há sete anos ele participa da Operação Golfinho como salva-vidas civil. Este ano foi escolhido e ficou 4 meses e 20 dias na Costa da Caparica, balneário próximo a Lisboa, durante o verão no hemisfério Norte. Pelo serviço, Müller recebia um salário mensal de 850 euros, mais estadia, deslocamento até a guarita, café da manhã, almoço e café da tarde, chamado pelos portugueses de pequeno lanche. Ele considerou a experiência valiosa, pois aproveitou também para contatos com pessoas de sua profissão, que incluiu visitas à Holanda e a Paris. Um costume estranho aos brasileiros é os nadadores salvadores não poderem usar sunga no serviço, como ocorre no Brasil. Esses profissionais trabalham na praia com um espécie de bermuda e camiseta. As salva-vidas não usam biquínis, mas maiô, algo que dificulta os movimentos na água. "Eles (portugueses) nos explicaram que esta vestimenta é uma tradição, que remonta ao início do século passado", contou.

         O movimento na Costa da Caparica, no Atlântico, era grande, lembrou Müller. Segundo ele, os profissionais tinham ótimas condições de trabalho, tendo à disposição walkie-talkies, moto, enfermeiros, jet-ski, entre outros. O banhista português, salientou, até não se arrisca muito mar adentro, porém os estrangeiros não costumavam tomar muito cuidado. Tanto que, segundo ele, 40% dos salvamentos eram de turistas espanhóis e canadenses.



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ANO 117 Nº 84 - PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2011

Experiência compensadora

Jaqueline Escobar na piscina, numa simulação de resgate<br /><b>Crédito: </b> PAULO NUNES 
Jaqueline Escobar na piscina, numa simulação de resgate
Crédito: PAULO NUNES
Outra participante do grupo foi a professora de Educação Física Jaqueline Escobar, 31 anos. Ela também atuou como salva-vidas na praia da Costa da Caparica, ficando 20 dias, na Europa. Jaqueline sempre foi ligada ao esporte e, na faculdade, uma professora lhe indicou para fazer o curso preparatório da Operação Golfinho, da Brigada Militar. "Porém, ela (professora) deu uma recomendação: te cuida que é casca (difícil)", lembrou.


     Do curso, Jaqueline passou a atuar em águas internas (rios, lagoas, açudes), já como salva-vidas civil, na região de Porto Alegre. Tempos depois, conheceu Marcos Cândido, vice-presidente da Associação Brasileira dos Salva-vidas Civis (Abravic), que lhe falou do mercado de trabalho na Europa. "Ele (Marcos) foi quem abriu as portas do mercado europeu para os salva-vidas", explicou. "Depois disso, me inscrevi no site e consegui a vaga." Jaqueline considerou a experiência muito boa, apesar de considerar a água do Atlântico daquele lado, muito gelada, tanto que era preciso passar gordura na pele para entrar na água. Outro fator considerado positivo por Jaqueline é o Brasil ser pioneiro na área da prevenção de afogamentos. Lá, salientou a professora de Educação Física, este tipo de atitude não é muito usual. "Tenho prática nessa área, o que tentei passar para eles", afirmou ela, que na Operação Golfinho deste ano, atuará na praia do Lami, na Capital.

Fonte:http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=117&Numero=84&Caderno=15&Noticia=374072

http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=117&Numero=84&Caderno=15&Noticia=374076

Um comentário:

  1. Boa tarde, meu nome é Fabiano sou guarda vidas em São José dos Campos - SP, aqui o acesso a informações sobre leis relacionadas a profissão e base salarial. Gostaria de obter mais informações e ter um ocntato mais direto com vocês.

    Att. Fabiano Corrêa Batista

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