PM morre em treino para ser salva-vida |
Vítima sonhava em terminar a casa |
Soldado de 26 anos teve um infarto durante série de nado, em Cidreira
Durou menos de 60 metros o treinamento na água do soldado Rafael de Souza Pereira, 26 anos, na manhã de ontem, em Cidreira, no Litoral Norte. Ao iniciar a primeira série de nado, às 10h20min, ele sofreu um mal súbito e caiu desacordado, para desespero dos companheiros de treinamento da Operação Golfinho.
Com infarto agudo do miocárdio,
Pereira morreu às 14h30min no Hospital da Ulbra de Tramandaí. Segundo o
major Ederson Franco, responsável pelo treinamento, o atendimento foi
feito com “toda agilidade”,
embora não houvesse ambulância no local. Pereira foi levado da lagoa,
em que treinava com outros 19 colegas, em um carro particular.
– Quatro minutos após os primeiros
socorros, já estávamos no hospital. De lá, ele foi em uma UTI móvel para
Tramandaí. Foi uma fatalidade – lamentou Ederson.
O soldado fazia parte da turma de novatos que completavam uma semana do curso
da Operação Golfinho. Os participantes recebem R$ 57 de diária enquanto
buscam um certificado de salva-vidas e uma vaga no policiamento de
verão. O curso, que abrange cerca de oito horas diárias, exige bastante o
físico dos PMs. Desistências e reprovações são comuns.
Segundo os colegas, o soldado, natural de
Cruz Alta, contava ter servido o Exército e aparentava bom preparo
físico. Inclusive naquele dia.
– Nós fazemos uma corrida de 40 minutos a
uma hora antes de chegar à lagoa. Quando o ritmo puxou, ele se manteve
lá na frente com a gente – conta um dos colegas.
Além da falta de ambulância no local de
treino, os soldados citam preocupação pela falta de acompanhamento
médico, o que faz com que eles apelem para a automedicação em caso de
desconforto com os exercícios.
– Acho que não tem um que não gasta uns R$ 200 em remédio – disse um dos PMs que não quis se identificar.
O grupo, hospedado na colônia da
Associação de Tenentes em Cidreira, foi reunido para receber a notícia
da morte do colega. Os policiais fizeram uma oração e tiraram o resto da
tarde de luto. Por ser da distante Cruz Alta, Pereira passara o fim de
semana na colônia, tempo para se aproximar dos colegas. Mostrou fotos de
familiares e incentivou os mais cansados. Deixou a imagem de “cara
super gente fina”.
Alguns colegas acreditam que a morte levará a desistências no curso.
– O colega de quarto dele disse que saiu
sem saber se ia voltar. Eu mesmo não sei como vou fazer. Olhar a lagoa e
não lembrar do colega saindo apagado lá de dentro. Mas de repente isso
acabe unindo o grupo – resume um dos soldados, emocionado.
O comando da BM de Cruz Alta divulgou nota lamentando a morte do soldado.
Vítima sonhava em terminar a casa
O soldado Rafael Souza Pereira deixou Cruz Alta para participar da Operação Golfinho com um objetivo em mente: economizar o que ganhasse trabalhando na praia para finalizar sua casa. Assim que concluísse a obra, realizaria outro grande sonho: casar-se com a namorada.
– Determinação define bem a personalidade
do Rafael. Ele gostava de superar desafios, estava sempre se
atualizando e procurando fazer mais e melhor – diz o cunhado Everton da
Silva.
O jovem que sonhava seguir a carreira
militar começou no Exército, onde chegou a ser cabo. Há dois anos, foi
aprovado no concurso para a Brigada Militar e pretendia crescer para
assumir outras funções dentro da instituição.
Apesar do sonho antigo de ser
salva-vidas, esta era a primeira vez que ele participava da Operação
Golfinho, de onde deveria retornar em 10 de março.
Segundo filho de uma família com quatro
irmãos, gostava de jogar futebol e tocar violão. Alegre e extrovertido,
entre os familiares deixa a imagem de alguém feliz e prestativo.
No enterro no Cemitério Municipal de Cruz
Alta, hoje, a Brigada Militar deve homenagear o soldado morto em
serviço com honras militares.CAUE FONSECA | CIDREIRA
ZERO HORASaiba mais - Rafael de Souza Pereira fazia parte da turma de novatos do curso da Operação Golfinho – que começa no dia 13 de dezembro no litoral gaúcho. - Os participantes buscam um certificado de salva-vidas e uma vaga no policiamento de verão. - O curso abrange cerca de oito horas diárias de atividades. Fonte:http://www.abamf.com.br/noticia/364-PM_morre_em_treino_para_ser_salva-vida.html |
QUEM EU SOU Bem Vindos!!! Sou Jaqueline Escobar, Professora de Educação Física formada desde 2006, Técnico em Enfermagem - Moinhos 2013/2... Apaixonada por Salvamento Aquático desde a temporada de 2004-2005 quanto participei efetivamente da Operação Golfinho daquele ano, a partir de então não parei mais....
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
PM Morre em Treinamento para Salva-Vidas
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Lamentável a morte do companheiro, sou gv e respeito o limite de todos, normalmente nos treinamentos existem alunos que realmente passam mal devido a exposição ao calor, frio, treinamneto constante na década de 90 perdemos 2 alunos no mar. enfim , que o Senhor envie o espírito consolador a essa família que perdeu um guerreiro, um soldado que renunciou o tempo , a família para se especializar.
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